De efeito, as crianças nascem e logo temos tantas
preocupações como pais – geralmente, preocupações imediatas. Mas, tanto nós
pais quanto o Ministério Infantil, não deveriam preocupar-se mais onde estará
nosso cordeirinho por todo o sempre?
O palestrante inicia comentando o livro “Déspotas Mirins” e
traz um alerta muito sério: “as crianças nunca podem comandar, pois não têm
estrutura para isso”.
Em João 21:15-16, é Jesus quem nos diz que os pequenos, aos
quais chama de cordeiros – pequenas ovelhas – também têm lugar na igreja e
precisam ser apascentadas, cuidadas, dirigidas ao pasto.
Mas, como educar as crianças de hoje, alvo de grande
investimento pelo mundo, como, p.e., a teoria do evolucionismo.
Pouco se tem ensinado a nossas crianças sobre a soberania de
Deus, de que forma maravilhosa Deus criou e tem sustentado sua criação. O Ministério
Infantil tem se atido apenas a contar histórias, mas sem doutrina ou convicção.
Não somente a igreja, mas também o mundo sabe que é “mais
fácil marcar o barro quando ele está mole”. E para ensinar a sã doutrina,
devemos investigar como as crianças creem.
- Como as crianças creem?
As crianças têm sido criadas em meio a muita credulidade, a
um sincretismo desmedido, mas isto não gera a fé que transforma o caráter.
Tem sido realizados eventos para atrair as crianças, mas
assim como o vernáculo, a maior parte de evento é vento.
As crianças devem ser firmadas na Rocha e não em eventos.
Sem doutrina não existe fé sólida. Paulo diz a Timóteo que as Sagradas Letras,
que conduzem à salvação não conduzem ao entretenimento.
A doutrina de fé começa em casa, com o culto doméstico, com
a oração. Todavia, o que se vê é a falta de conhecimento, dedicação e empenho
dos pais, na forma da ordenança e de Direito (Dt 6:17).
Onde não entra a boa doutrina, entra a má doutrina. Deve-se
ensinar com princípios. Deve-se pregar o Evangelho e não algo parecido com
evangelho.
A criança aprende:
- por informações claras e precisas;
- pela percepção;
- pelo contato;
- pelo contato;
- pelo que Deus colocou em suas vidas (Ec 3:11);
- pelo sentir;
- pelo exemplo;
- pelo interesse (dos pais, inclusive);
- pela repetição;
- pelo estudo do catecismo;
- pela exposição, sem necessidade de tecnologia, pela
leitura da Palavra;
- pelo ir à fonte, que é Jesus, com regularidade.
- pelo ir à fonte, que é Jesus, com regularidade.
Falta conhecimento (Rm 12:7), sobra má vontade (Jr 48:10a),
não há acompanhamento pastoral (Pv 27:23).
Pais fracos tem gerado filhos fracos.
Filho deve aprender a obedecer, porque desobedecer ele já
sabe.
Antigamente, os pais não precisavam nem falar para os filhos
se corrigirem. Hoje, quem manda são os filhos, fazendo com que os pais se
envergonhem publicamente. Com isso, as crianças têm-se endurecido no pecado,
gostam de pecar. Assimilam, aceitam e assumem a cultura da época e, cada dia
mais, vão ficando desconfortáveis para assuntos espirituais, acabando por não
desejar a Deus.
As crianças têm desacelerado a vida de oração,
aproximando-se do mundo e envergonhando-se de Deus, o que finda por gerar vidas
repletas de egoísmo e vaidade.
- Convicção
A convicção está presente no coração das crianças, de uma
maneira ou de outra. A convicção se constrói em casa e é decisiva nas escolhas
dos pequenos.
- Dimensão e realidade espiritual das crianças
1- As crianças são pecadoras (Sl 58:3);
2- Nosso embrutecimento intelectual bíblico implica no
relaxamento do ensino;
3- Delegamos à igreja o ensino bíblico, sob a alegação de
que, em casa, a criança não gosta de aprender. Todavia, a criança não precisa
do que ela gosta, mas sim, do que é necessário ao seu crescimento.
- As realidades espirituais que envolvem todos os humanos não excluem as crianças:
1- As crianças estão perdidas:
Crer é um milagre de Deus (Ef 2:8-9; Rm 10:17). A criança
não nasce com fé, a fé vem com o tempo, com a pregação, mas a obediência deve
ser imediata.
“Ore pelo seu filho, pelo seu aluno, principalmente por sua
salvação...” adverte o palestrante.
2- Reconheça as necessidades básicas da criança, sendo a
maior delas a fé em Jesus Cristo (Mc 6:30-31);
3- Quando o assunto é saúde, recorre-se a especialistas. O
mesmo se aplica a eternidade;
Se uma criança morre perdida, ela irá para o lugar dos
perdidos, eternamente.
4- Mt 6:33 – reconhecer a prioridade.
A pergunta mais importante que devemos fazer não é qual será
a profissão do filho, ou com quem irá se casar, ou qual será seu estado
financeiro, mas sim, ONDE SEU FILHO PASSARÁ A ETERNIDADE?
Para cumprirmos nosso papel de pais e educadores, devemos
doutrinar com convicção. Criança que não tem convicção é facilmente
influenciada. Ela tem que ter convicção de que foi criada por Deus, para a
glória de Deus (Is 43:7; 1 Co 10:31; Fp 1:5-6).
E o ensino deve começar cedo, cedo quanto à idade, cedo
quanto ao horário, para nada fazer apressadamente.
Devemos ensinar doutrina e não apenas histórias (Rm 15:4),
lembrando-nos que para abastecermos nossos infantes, devemos, primeiramente,
estarmos abastecidos pela sã doutrina, com convicção em nossa vida pessoal,
servindo de exemplo.
Como se vê, a proposta de felicidade por ter filhos e alunos
educados na sã doutrina não passa por pensamentos pós-modernos, mas pela
imutável bondade e vontade do Senhor Deus.
Nossa gratidão ao Rev. Jáder, por dispor de seu tempo para,
com alegria e convicção, nos ensinar tão valiosa lição.
Milene V. Takeda – mãe da Nicole de 4 anos e Vice
Superintendente da EBD na IPB Hauer.
Início do Treinamento com Rev. Jáder Borges - IPB Tarumã, Curitiba/PR |
Todos os nossos Presbitérios representados... |
...por cerca de 50 pessoas que amam o Ministério Infantil. |
Palestrante: Rev Jáder Borges, Pastor na IPB Jardim Satélite - São José dos Campos / SP |
"Hora do almoço... |
... que hora mais feliz!" Agradecemos à IPB Tarumã e a FATESUL pela deliciosa refeição. |